A caminhada do Coulomp surgiu de uma pequena pausa no mau tempo, juntamente com o corpo que implora para se movimentar e a mente arejar.
Mal dá tempo de pensar e já coloco os pés na trilha.
Afinal, tudo parece um novo recomeçar, contudo, o inverno insiste em ficar.
Primavera na Europa
Já estamos na primavera na Europa.
Antes de mais nada, a natureza deu partida na transformação da paisagem, além disso, surgiram as primeiras flores,
as copas das árvores despidas foram pouco a pouco preenchidas com uma nova folhagem verde.
De antemão, tudo parece seguir o fluxo normal das estações,
mas a primavera ainda não conseguiu de fato ocupar seu espaço.
Algumas flores morreram antes de florir. Vinhedos congelaram e oliveiras abortaram.
Às vezes parece que nem mesmo a natureza tem compreendido essa trapaça do tempo e o relógio biológico dos animais certamente está em pane.
Não é mais o momento de hibernar!
Inegavelmente, o sol se levanta cedo e se põe cada dia mais tarde, mexendo com nosso fuso horário.
Ainda assim, nada disso convence o tempo de cooperar.
Em outras palavras, o inverno se recusa em partir,
dessa forma, mantém a natureza em ponto morto e decepciona os praticantes de caminhadas e corridas.
Pessoas que normalmente aproveitam essa época, de temperatura amena e dias longos, para realizar percursos maiores e registrar a beleza desse renascer da natureza.
Trilha des Portes de la Châtaignerie
Enquanto a primavera não se instala, o jeito é aproveitar os pequenos suspiros do tempo.
Foi assim na trilha des Portes de la Châtaigneraie.
Um percurso que me permitiu ter a sensação de estar no Brasil, em plena Floresta da Tijuca.
O trajeto, sem dificuldades e obstáculos, começa na estrada de acesso ao pequeno e charmoso vilarejo de Braux, ao lado de uma pedreira.
Um portal é o seu ponto de partida e tem um efeito quase mágico de nos transportar rapidamente para um ambiente acolhedor, onde a natureza de apresenta passo a passo.
No caminho, mesas situadas estrategicamente são um convite para um piquenique.
E uma antiga fonte utilizada para batismo, em séculos passados, se esconde dentro da mata.
O riacho Coulomp
A trilha , fácil de percorrer, leva até uma bifurcação que à direita é o trajeto para o centro de Braux e seguindo em frente, uma paisagem digna de uma pintura.
Após uma sinalização na Route du Clot, novamente uma trilha de cerca de 1km de descida conduz ao acesso a pont de Gassingné,
onde é possível admirar a beleza do riacho Coulomp.
Neste ponto, à direita, uma pequena barragem e a continuação da trilha para fazer um retorno ao ponto de partida, via Pont du Gay.
Chegar ao Coulomp pela mata
Assim sendo, decidimos descobrir o lado esquerdo, sem sinalização e trilha definida, como resultado, avançar na floresta tornou-se uma caminhada de obstáculos.
Com efeito, em muitos locais, o saldo da chuva e neve, que caíram nos últimos meses, era visível.
Frequentemente, várias árvores tombadas dificultavam ou até mesmo impediam a passagem, fazendo necessário procurar uma outra alternativa.
Nesse sentido, fomos até onde foi possível alcançar.
Uma vez que o céu foi coberto de nuvens pesadas, sinal de que nosso suspiro do tempo estava em contagem regressiva.
Certamente, era o momento de partir.
Desse modo, retomamos a trilha ao lado da pequena barragem e assim completamos o circuito até o estacionamento ao lado da pedreira.
Inegavelmente, um percurso para todas as estações.
Uma caminhada aperitivo, mas suficiente para lubrificar a engrenagem e alimentar a mente do desejo de dar partida a temporada de caminhadas do próximo verão europeu.
Sobretudo, um percurso que pude apreciar o colorido da primavera estampado na paisagem,
a arte natureza nas árvores e pedras, viajar na imaginação e com a certeza desejar retornar para explorar um pouco mais e também aproveitar o leito do riacho Coulomp,
que em algumas partes inclusive oferece pequenas praias d’água doce, para se banhar e refrescar. Um verdadeiro convite em dias de calor.
Braux
Vale a pena incluir na caminhada o desvio para uma visita à Braux , que também é ponto de partida para um outro percurso que atravessa castanheiras e conduz ao vilarejo de Argenton.
Braux fica cerca de 1h30 ou 90 km de Nice e 21 km de Entrevaux. Essas são duas pequenas e aconchegantes cidades nos Alpes de Haute Provence, entre tantas outras nesse caminho entre o litoral e montanhas no sul da França.
Uma região para todos os gostos e diferentes práticas de esportes .
Sul da França não é só praias. Fica a dica.
E pensar q vc n gostava de tirar foto heim?
Ainda não gosto. Mas se para compartilhar com vcs é necessario, apenas obedeço minha parceira de blog.