Trekking de Maria Lhoco até Huayuni Potosi


Em nosso terceiro e último dia na Cordilheira Real fizemos o trekking de Maria Lhoco até Huayuni Potosi.


Nossa jornada começou  pouco depois das 7 horas, quando o sol ainda não havia despertado. Dessa forma, estava escuro e frio quando deixamos o alojamento. De modo que começamos nossa caminhada com uma subida, antes mesmo do corpo tomar consciência de que havia acordado.

Foto: Alain Lesimple. Maria Lhoco ao amanhecer.


Atravessamos uma tropa de lhamas que nos dirigia o olhar vigilante, mas sem ameaça. Algumas mesmo ainda sentadas.

Trekking PHuayuni Potosi
Foto: Alan Lesimple. Lhamas. Aamnhecer no campo base Maria Lhoco


Cerca de uma hora depois já parávamos para tirar o casaco . O corpo esquentava pouco a pouco. Era um sinal de que a caminhada, mesmo que em altitudes entre 4.000 a 5.000 metros, começava a ficar agradável.

Foto Alain Lesimple. Descida de cascalhos no trekking até Huayuni Potosi


Enfim, descer montanhas em terrenos acidentados já não dava aquele pavor inicial, principalmente quando não eram estreitos e em encostas. Nesse sentido, minhas pernas pareciam já estarem mais acostumadas a esse sobe e desce em altitude que nunca haviam experimentado antes dessa aventura na Cordilheira Real.

Trecho do trajeto entre Maria Lhoco a Huayuni Potosi do trekking Condoriri

 

O cenário majestoso do pico Huayuni


Assim sendo, seguíamos o nosso guia. Apenas sabíamos que caminhávamos em direção ao ponto final de nosso trekking. Conforme deixávamos Maria Lloco para trás, a cada passada nós tornávamos mais próximos de Huayuni Potosi. Sua beleza ofuscante proporciona um desejo louco de subir o seu topo.  Sempre dizem que dentre as montanhas com mais de 6.000 metros de altitude, Huayuni é uma boa opção para estrear. Seja como for, só mesmo experimentando.

Enquanto esse dia não chega, nos contentamos em tirar fotos tendo Huayuni no cenário.

Rumo a Huayuni Potosi


Por fim, nosso guia caminhava um pouco afastado e tentando falar no celular. Em um dado momento, sem nos dar alguma explicação, saiu da pista em que estávamos e me pareceu pegar um atalho de descida.

Foto: Alain Lesimple. Trecho final do terceiro dia de trekking Condoriri


Na parte baixa podíamos avistar uma laguna e algumas casas que segundo o guia faziam parte das instalações de exploração de uma mina. Pela hora, imaginei ser o ponto final do nosso trekking. Entretanto passamos direto. por outro lado, em toda subida, mesmo curta, eu desejava que fosse a última. Da mesma forma que eu já não conseguia avaliar a beleza da paisagem .

Foto: Alain Lesimple. Trekking Condoriri em direção a Huayuni Potosi.

 

O caminho de volta do Huayuni Potosi


Definitivamente, o sol forte e a fome eram uma combinação perfeita para minar a nossa energia.  É provável que essa parte do trajeto  não estava no roteiro combinado. Até hoje não sei o que de fato aconteceu.

Antecipadamente pagamos por um serviço de transporte para ir e retornar. Contudo naquele lugar ermo sem termos ideia de onde estávamos, achei melhor não discutir.

Foto: Alain Lesimple. Trekking Condoriri – Huayuni Potosi – Cordilheira Real.


Finalmente, passou uma Van e nosso guia pediu carona . Portanto, o prometido almoço ficou no esquecimento. O guia percebeu nossa insatisfação e pediu ao motorista se ele poderia aguardar um pouco para que preparasse um lanche. Desse modo, preferimos não atrapalhar os demais passageiros que estavam na van e provavelmente também estavam cansados por estarem retornando de um trekking.

Depois de alguns minutos tentando manter uma conversa em espanhol com um jovem que acabava de tentar o topo do Huayuni, descobri que ele era brasileiro e do estado do Rio de Janeiro.

A partir daquele momento relaxei e me senti em casa.

Foto: Alain Lesimple. Vistado Huayuni Potosi.

Descanso em La Paz


De volta à La Paz a van nos deixou na porta da agência de turismo, que não era muito distante do hotel, mas diante de todos os contratempos desse último dia de trekking, resolvi protestar com o funcionário da agência. Surtiu efeito.

Enfim no hotel para um bom banho, uma merecida noite bem dormida e belas recordações do trekking Condoriri.

Montanhas da Cordilheira Real que nos aguardem. Voltaremos …

Foto: Alain Lesimple. Trekking de 3 dias no Condoriri – Cordilheira Real


Se valeu a pena ? Eu respondo que sim. Um lugar incrível e esse trajeto básico que fizemos é possível para qualquer um que tenha um preparo em longa distância e subidas com desníveis positivos e negativos em torno de 600 metros, em altitudes sempre acima de 4.000 metros. Um fator a ser considerado, principalmente para quem vive no nível do mar. O importante  é estar atendo aos sinais do seu corpo e fazer uma boa aclimatação.

Foto: Alain Lesimple. Final do terceiro dia do Trekking Condoriri

 

A experiência na Cordilheira Real


O tempo é um fator imprevisível e pode nos surpreender em qualquer época do ano e em qualquer trekking em montanha.  Por exemplo, a chuva atrapalhou a nossa caminhada ao topo do pico Áustria ( 5.350 metros) que fazia parte do roteiro contratado ( 1⁰ dia de trekking)
A Cordilheira Real oferece inúmeras montanhas de diferentes dificuldades para trekking ou mesmo alpinismo. O ideal é escolher qual a montanha que deseja fazer e procurar uma agência especializada nesta programação específica.

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