Neste terceiro e último dia do tour pelo mágico deserto de sal da Bolívia, Salar de Uyuni, partimos para conhecer o geiser Sol de la Mañana. Essa aventura nos fez levantar de madrugada e pouco antes das cinco horas já estávamos na mesa para o café da manhã . O motivo de partir tão cedo era para apreciar a maior intensidade dos vapores resultantes de atividade vulcânica que acontece em harmonia com um belo amanhecer. Era uma manhã fria, principalmente na altitude de mais de 4.800 metros .
Despertar do sol no geiser Sol de la Mañana
Quando descemos do carro, o sol começava a dar sinal de que iria começar seu espetáculo naquele cenário único, coberto de neve e com vários pontos de fumarolas. Desprevenida, desci sem o cuidado necessário para não atolar os pés na mistura de lama e neve.
Naquele cenário místico fiquei alguns segundos a viajar em pensamento e imaginar que chegávamos em um outro planeta não habitável, entretanto, bastou olhar para os lados e certificar-me que, além do meu grupo, haviam dezenas de turistas que também se propuseram a pular cedo da cama para apreciar esse cenário natural de uma beleza misteriosa . Apesar de sempre orientadas pelos guias, ainda assim muitas pessoas em nome de uma boa foto ou vídeo abusavam da zona de segurança, dessa forma, correndo risco de queimaduras graves e, segundo relatos, até morte. Por isso, preferi apreciar à distância.
Rumo às piscinas termais do deserto de sal
Seguindo viagem, nossa próxima parada foi nas piscinas termais. Para banhar-se é preciso pagar uma taxa em torno de 6 bolivianos e o uso da sala de banho custa 3 bolivianos. Como o tempo estava fechado e frio, o nosso grupo decidiu não experimentar o banho quente. Afinal, sair da piscina d’água quente sem um solzinho para aquecer, seria um grande problema. Anteriormente, o combinado foi antecipar a partida, mesmo assim, demoramos mais do que o previsto porque o guia foi ajudar um outro colega em apuros com seu carro.
Deserto Salvador Dali
Prosseguindo a programação do tour, partimos em direção ao Deserto de Salvador Dali. Inegavelmente, o local é mesmo fascinante e leva o nome do pintor catalão por fazer lembrar as paisagens de suas telas. De tal forma que a sensação quando pisamos no solo era de estarmos nos integrando à pintura surrealista do artista. Definitivamente um lugar incrível que dá vontade de retornar para caminhar nas montanhas ao seu redor.
Nosso próximo e último destino do tour Salar de Uyuni foi a Itália perdida. O nome já me despertou uma grande curiosidade. Por que Itália em pleno deserto da Bolívia ?
A minha curiosidade teria que esperar mais um pouco, porque era o momento de apreciar o trajeto que apresentava uma bela paisagem repleta de lhamas e alpacas que rendeu algumas curtas paradas para diversos cliques, antes de chegarmos ao pequeno vilarejo de Malku Villamar onde iríamos almoçar.
Vilarejo de Malku Villamar
Enquanto o guia negociava o almoço em uma pousada, eu e o francês saímos para caminhar, igualmente para esticar as pernas e explorar o local situado em pleno deserto boliviano, e dessa forma conhecer um pouco o modo de vida dos habitantes.
O passeio valeu a pena. Além de artes rupestres, nos deparamos com uma carcaça do que sobrou da queda de um pequeno avião equilibrando-se entre rochedos que permanece no local do acidente como uma curiosa decoração e triste lembrança.
Lhamas e Alpacas como guardiãs
Contudo, são as lhamas e alpacas criadas até mesmo soltas no entorno das casas que são uma atração à parte em Malku Villamar. Tal qual cães de guarda, elas se mantém atentas e acompanham todos que passam próximos dos seus territórios. Um olhar doce,mas por outro lado, se pressentirem ameaças podem acionar a famosa cusparada.
Depois do almoço, partimos em direção à Itália perdida da Bolívia. Finalmente pude conhecer a relação entre o lugar e a Itália. Segundo contam os locais, o nome é uma alusão a um italiano que certa uma vez resolveu explorar o local sozinho e acabou se perdendo no deserto de rochas esculpidas pelo vento ao longo dos anos.
Já no caminho de volta do tour, começávamos a nos despedir desse lugar único e mágico da Bolívia, chamado Salar de Uyuni.
Chegamos na cidade no final da tarde e partimos para pegar o ônibus para La Paz, nossa próxima parada antes de nos aventurarmos na Cordilheira Real.
Continue com a gente. Serão três dias de esforço físico e mental em paisagens paradisíacas.
Até lá!
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De tao lindo parece cenario
Verdade! Ao vivo e a cores é muito mais.