Tem lugares que não dá para imaginar ou mesmo descrever.
Da mesma forma, nem as fotos são capazes de reproduzir o que os olhos captam e traduzem em sentimento. Só mesmo indo para ver.
Assim é o Salar de Uyuni, esse imenso deserto de sal boliviano, com cerca de 11 mil quilômetros quadrados de extensão, onde a linha do horizonte faz do local um cenário de rara beleza e desejo de inúmeros cliques.
Famosos espelhos d’água do Salar de Uyuni
Era final de março quando fizemos o tour e os famosos espelhos d’água já haviam praticamente desaparecido.
Nesse sentido, apenas espaçadamente podíamos encontrar alguns poças ou mesmo pequenos buracos que jorravam água borbulhante.
Por outro lado, nem por isso a paisagem deixou de mostrar sua beleza. Ao contrário, essa época sem chover o sal começa a rachar , desenhando uma imensa e magnifica obra de arte no solo.
Por consequência da claridade e do sal, dois acessórios são indispensáveis no Salar: óculos de sol e filtro solar.
Estúdio fotográfico no deserto
Tão logo descemos do carro, eu e meu companheiro assistimos com curiosidade, o local sendo transformado em em um grande estúdio fotográfico ao ar livre, com direito a cenários específicos, pessoas saltando ou fazendo coreografias e o nosso guia, literalmente deitado no chão, assumindo a direção e produção das fotografias.
Por último, Gonzalo resolveu nos convidar para também participar. Em princípio, titubeamos, mas decidimos entrar no espírito do grupo.
Definitivamente, o resultado foi um desastre, porém foi divertido e serviu para descontrair, afinal, estávamos apenas começando o tour e passaríamos três dias dividindo o pequeno espaço no carro.
Antes de seguirmos em frente, uma rápida caminhada a procura de detalhes desse imenso deserto de sal que proporciona momentos de intensa magia.
Monumento Dakar no Salar de Uyuni
Logo após, uma parada obrigatória nesse enorme monumento todo feito de sal que marca a passagem da maior prova de rali do mundo pelo Salar, em 2016.
Mais adiante, o monumento das bandeiras e mais sessão de fotos, antes da pausa para almoçar no hotel Playa Blanca.
Hotel de Sal
Atualmente desativado para hospedagem, o Playa Blanca, primeiro hotel a ser construído totalmente de sal, funciona como museu e ponto de almoço dos grupos turísticos.
Acima de tudo, era o momento dos guias prepararem a refeição e oportunidade de confraternização.
Nossa primeira refeição tinha carne de lhama como prato principal. Assim sendo, eu e meu companheiro nos entreolhamos e comemos apenas a salada com quinoa.
Naquele momento compreendemos porque na contratação do tour nos perguntaram se gostaríamos de uma comida vegetariana. Ao nosso lado, o jovem casal franco-suíço comia um omelete. Portanto, confesso que fiquei com inveja. Foi um detalhe que deixamos passar na hora de fechar o contrato.
Depois de cerca de 1 hora, começamos a nos preparar para seguir viagem. No Playa Blanca o preço para o uso do banheiro foi 5 bolivianos, o dobro em relação ao da vila de Colchani.
Próxima parada: Ilha Incauhasi. No meio do trajeto, pudemos admirar o vulcão Tunupa mesmo com parte encoberta.
Gostei muito! Fotos lindas!
Eu posso te afirmar que a foto não é capaz de traduzir o que é o Salar de Uyuni. Só mesmo indo, vendo e sentindo. Vale a pena conhecer.