Percursos no Brasil : Pico da Pedra Selada

 Texto: Virginia Prado

Fotos: Alain Lesimple

Para quem gosta de aventura, belas vistas e sensação de liberdade, o Pico da Pedra Selada é o trekking perfeito no programa turístico de Maringá, charmosa vila localizada a 200 km do Rio de Janeiro, entre Visconde de Mauá e Maromba,  região entre os municípios de Resende, Itatiaia e Bocainas de Minas, no eixo RJ-SP.

Maringá é um lugar com muito verde, montanhas e cachoeiras para curtir e onde o tempo parece passar muito devagar. Definitivamente, um local ideal para repor as energias perdidas na agitada vida urbana de uma metrópole.

Partindo da estradinha de cerca de 30 km entre Penedo e Visconde de Mauá, e afastando-se da estrada principal, Nova Dutra, começa a surgir um cenário perfeito: uma subida com uma bela vista de se admirar. Nesse sentido, é preciso ter cuidado para não se distrair com a paisagem, pois a estrada também tem muitas curvas. Eventualmente, vale a pena estacionar para tirar uma foto e respirar o ar puro.

Região do Pico da Pedra Selada

Maringá fica a cerca de 5 km da primeira vila Visconde de Mauá e possui diversos tipos de hospedagem. A região oferece muitas oportunidades de recreação ao ar livre, como caminhadas e passeios a cavalo, de tal sorte que é difícil escolher. Entre esses, tem um maravilhoso passeio de trekking ao Pico da  Pedra Selada. Eu recomendo.

O início da trilha que leva ao cume fica distante 15 km de Maringá, no sentido Campo Alegre e Rio Preto. Dessa maneira, é preciso estar atento à placa discreta que indica o ponto de partida, dentro de uma fazenda.
Há um pequeno bar, banheiros e estacionamento no local. Para utilizar a trilha e o estacionamento é necessário pagar uma taxa que atualmente custa R$12 reais por pessoa pela trilha e R$10 reais pelo estacionamento. Assim sendo, é sempre bom verificar o valor. O local não aceita pagamento por cartão. A orientação é voltar antes do pôr do sol, pois a trilha no escuro pode ficar perigosa.

Percurso até o ponto mais alto

Chegar ao ponto mais alto, a 1.755m acima do nível do mar, é considerado muito difícil. Realmente requer preparação, ainda assim, nada impossível. O percurso, embora relativamente curto, com cerca de 3 km, é de subida constante, com alguns declives bastante acentuados, o que dá a impressão de ser mais longo.

O caminho, ao mesmo tempo que agrada aos olhos também testa as resistências físicas e mentais. O primeiro trecho da trilha é uma subida em terreno aberto e em dias de sol forte fica mais difícil, em contrapartida, no caminho tem um acesso a uma cachoeira para quem quer se refrescar um pouco antes de subir.

Na segunda etapa, a trilha entra na mata, dessa forma fique atento, pois o piso é de terra e cascalho que desliza como uma casca de banana. Nas subidas, mas principalmente nas descidas, é preciso ter cuidado e um calçado próprio para para trekking é importante e faz diferença.

Riqueza de experiências e biodiversidade

É impossível acreditar que um caminho tão pequeno, embora íngreme, possa conter tantas e tão grandes emoções. Esse exige ter o mínimo de habilidade e gosto pela aventura, como utilizar cordas ou até cipós para atravessar alguns trechos. Ainda assim, aproveitar a riqueza da beleza, fauna e flora da Mata Atlântica é uma das principais atividades para as quais o trajeto se destina. Por outro lado, é sempre bom ficar de olho na paisagem e outro no chão, pois é possível cruzar com uma cobra.

Cerca de 2 horas é o tempo médio para chegar ao topo da montanha. A bela vista panorâmica de 360 ​​graus do Pico das Agulhas Negras, Vale do Paraíba e Serra da Bocainas parece um mar de montanhas.

Antes de retornar, existe a possibilidade de registrar sua aventura em um livro, que fica guardado em uma caixa de metal, preso por correntes à pedra. Por volta das 1h30, é possível estar no ponto de partida.

O Pico da Pedra Selada é uma trilha para todas as idades.

O percurso vale muito a pena. Veja as fotos e também vai querer conhecer.

Parque Estadual da Pedra Selada

  • É uma unidade de conservação de proteção integral com 8.036 hectares.

  • Sua área está parcialmente inserida nos municípios de Resende e Itatiaia e abrange uma região do Médio Vale do Paraíba e o sul fluminense da Serra da Mantiqueira.

  • Com altitudes que variam entre 600 e 2.100 metros, o Pico da Pedra Selada é o principal atrativo turístico do parque, que possui ainda rios e cachoeiras com destaque para o Poço do Rio Marimbondo, no alto do Vale do Pavão, em Visconde de Mauá.

  • A origem do nome  Pedra Selada vem do formato da rocha que parece uma sela de montaria.

  • Criado por meio do Decreto-Lei Estadual nº 43.640, de 15 de junho de 2012, o parque protege uma importante área do bioma Mata Atlântica na região.

(fonte: http://parquesestaduais.inea.rj.gov.br/inea/downloads/mapa-PEPS-frente-final.pdf)

Como chegar à Maringá:

  • BR-116 Nova Dutra.

  • Aproximadamente 200KM do Rio de Janeiro e 300KM de São Paulo.

  • Pega a saída para Penedo entre as cidades de Resende e Itatiaia.

  • Continue na estrada em direção à Visconde de Mauá por cerca de 30km

  • Em Visconde de Mauá pega a esquerda por cerca de 5km para chegar em Maringá.

  • Entre Visconde de Mauá e Maringá ficam os vales das Cruzes, do Pavão e Alcantilados

  • Posto de Gasolina entre Mauá e Maringá (único)

  • Centro de Maringá tem muitas lojas de artesanato, chocolates e produtos da terra.

  • Tem restaurantes e vida noturna, inclusive com shows musicais (exceto durante a pandemia de Covid19).

Onde fiquei

Pousada Sítio Portal da Travessia –

www.portaldatravessia.com.br

(24)999284456

Onde já fiquei

Pousada Vale da Represa:

(24) 33871590

(24) 999022228

Cavalgada:

(24) 999022228 – Tim

História de Visconde de Mauá

O Núcleo Colonial Visconde de Mauá foi criado em 1908, por Henrique Irineu de Souza em terras que seu pai, o visconde Irineu Evangelista de Souza, recebeu em 1870 como concessão do governo imperial para exploração de madeira. Em 1916 o núcleo foi emancipado e atraiu um número expressivo de imigrantes de países europeus atraídos pelo semelhança da Serra da Mantiqueira com os Alpes do Velho Continente. Algumas dessas famílias foram responsáveis pela criação das primeiras pousadas. Na década de 70, foi a vez dos adeptos do movimento hippie descobrirem Mauá. Nos anos 80, a região se firmou como turística.

(fonte: Portal Oficial de Turismo da Região de Visconde de Mauá)

Comments

  1. Helena says:

    Excelente descrição desse passeio maravilhoso! Ao longo da leitura fui envolvida de tal forma que cheguei a sentir o cheiro de mata.

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