Corrida da natureza à arte

Parc de la Mediterranée

 

Por duas vezes, eu já tinha passado pelo local em minhas corridas de Sanary à Le Brusc, (Six Fours lés Plages).  Mas, foi em um final de tarde, frio, com vento e com zero expectativa que descobri o Parc de la Mediterranée.

Assim que entrei, já deixei para trás a falta de disposição de correr ao entardecer. As crianças se divertindo, entre os mouettes, tocou fundo, me paralisou e bateu a saudade dos netos. Mas, uma placa na entrada sinalizava que meu tempo era curto para conhecer os 7 hectares de parque. Eu tinha apenas uma hora e vários caminhos na minha frente para escolher por onde começar. Só mesmo correndo.


Enquanto o sol tímido, e muitas vezes encoberto, me dizia estar se aproximando a hora de recolher, eu cada vez mais me afastava da entrada. Ainda no início do trajeto, descobri que, além da natureza, o parque oferece uma área de brinquedos para a criançada. Há locais para a prática de exercícios e muito espaço para piquenique.

 

As trilhas eram convidativas, mas, o receio de não conseguir voltar a tempo e a possibilidade de ficar trancada no parque, a todo momento, parecia querer me assustar. Cruzei com adolescentes em um papo animado e pessoas passeando com seus cachorros, o que me dava tranquilidade para continuar a explorar o lugar.

 

Depois de subir, descer, parar em trechos bem próximos ao mar, finalmente, La Batterie du Cap Nègre.  Já era tarde. A construção militar, de 1695, com localização estratégica para proteção do litoral e, hoje, um interessante local de exposição, acabava de fechar as portas. Nada de decepção. Afinal, seria uma boa desculpa para voltar outro dia.

A Volta ao Parc de la Mediterranée

E voltei. Em uma manhã ensolarada, experimentei todos os trajetos, bem junto ao mar e estreitos, que, anteriormente, me fizeram dar meia volta. Cruzei com outros corredores, casais, cachorros e até ciclistas. 

 

Era hora de parar.  Entrei no museu e a surpresa de uma exposição do artista francês François Disle me aguardava.  Ponto final da corrida. Apreciei, registrei e não perdi a oportunidade de conhecer mais dois franceses para bater um bom papo, focada no projeto falar francês. Na saída, um convite para voltar mais vezes.  Não sei se por gentileza ou brincadeira, mas, posso aceitar.

E, assim, vou conciliando minhas corridas e caminhadas pela região da Provence-Alpes-Cóte D’Azur, em direção à arte, aos pontos turísticos, e, quem sabe, a mais do que eu possa imaginar.

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Comments

  1. marisa says:

    parece um dos lugares mais interessantes ate agora. a expo lembra um pouco o museu de arte naif de laranjeiras ou estou enganada?

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