Ao procurar meus contatos no celular, me deparei com o registro de um número francês e identificação: “amiga do trem”. Essa amiga sem nome, eu conheci na estação de Toulon e tentei travar um diálogo, enquanto esperava o trem para Cannes. Apesar do nosso diálogo restrito, por minha falta de vocabulário e insistência em não dar opção de uma outra língua a não ser o Francês, o meu período sabático despertou nela curiosidade e solidariedade. Assim que o meu trem chegou, na correria para embarcar, ela quis me dar seu número de celular, caso algum dia eu precisasse. O trem partiu sem dar tempo de perguntar seu nome. Mas, deixei registrado.
Já em direção à Cannes, vendo as paisagens passando, rapidamente, comecei a refletir sobre o medo, uma palavra que tenho escutado muito, desde que tomei a decisão de embarcar nessa aventura, inclusive, da amiga do trem. Ela também me perguntou: você não tem medo?
É claro que tenho. Mas, tenho muito mais medo de não ter tempo. E, é esse medo maior que tem sido meu aliado e tem me proporcionado poder estar vivendo momentos de descobertas e autoconhecimento. E, talvez, por isso que fiz questão de colocar a corrida como companheira nessa jornada. Foi sempre correndo que consegui o tempo de me encontrar.
Eu sou de uma geração de mulheres que não teve medo de entrar no mercado de trabalho, mesmo com muitas portas fechadas, ou pior, atitudes discriminatórias. Eu sou de uma geração de mulheres da qual uma parcela expressiva não teve medo de encarar a maternidade e criar seus filhos sozinha. Eu sou de uma geração de mulheres que apoia e incentiva seus filhos adolescentes e jovens a fazerem intercâmbio, mesmo com o coração apertado da separação.
Mas, por que tantas dessas mulheres, que a vida inteira demonstra força suficiente, tem medo de buscar novos lugares e novos formatos de vida?
Por enquanto, não encontrei resposta, mas, só o fato de pensar que o medo me faz perder oportunidade, me deu coragem de enfrentá-lo. O percurso já estava decidido. Como o dia amanheceu bonito, e sem vento, eu iria tentar fazer parte da trilha le Brusc, partindo do final da praia de Bonnegrâce até Batterie du Cap Nègre.em Six Fours Les Plages.
Mas isso será assunto para o próximo post.
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Amei Vi!!!!! 👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻
Pensando muito sobre este medo!!!!
Beijos!!!!!!😘😘😘😘😘
Que bom! O melhor é fazer.
Muito bom! Te admiro muito ❤️
Obrigada! Fico muito feliz!
melher maravilha eh fichinha,,,perde facil
Menos. Ainda não sei voar.
Vencer o medo é uma batalha diária prima, eu bem sei o que é isso. Bjs
Com certeza, mas também um aprendizado. Bj